Bioeconomia não é um tema novo, sobretudo no Brasil, que abriga 20% dos recursosnaturaisdomundo todo,oque o posiciona como privilegiado neste assunto. Mas o que quase nunca é colocado na mesa, sobretudo por governos e por partes fundamentais do setor produtivo, é a necessidade de aliar toda essa potência com a cultura e sabedoria de povos indígenas, particularmente seu profundo conhecimento da biodiversidade e dos ecossistemas do país. E para quê? Há algumas posições divergentes, e parte delaspolêmica, mas não é o propósito aqui.

O que queremos mostrar é que é possível aliar tecnologia, educação ampla e conhecimentos práticos para umbemmaior,noprocessode melhorar a qualidade de vida de uma massa crítica de pessoas. E o ponto-chave aqui: o Brasil pode ser um exemplo paraoutrasnações.

De modo simples,a bioeconomia busca o aproveitamento de insights do estudo de sistemas biológicos e recursos naturais combinados com novas tecnologias para  evoluir eproduzir bens e produtosmaissustentáveis.E ela engloba diversossetores, como vacinas, enzimas para indústria, cosméticos, biocombustíveis e até novas variedades vegetais.

O potencial de criação de valor econômico, aliado à preservação ambiental com melhores condições de vida, é marcante.AAssociação Brasileira de Bioinovação (ABBI)já projetou que o setor de biotecnologia industrial —um dos principais segmentos da bioeconomia — pode agregar cerca deUS$53 bilhões anuais à economia brasileira em20 anos.

Amazônia Legal em Dados (emR$de 2021).Emtermos de evolução, houve queda de 7,2%, pior desempenho quando comparado ao resto do país e às demais regiões, entre 2012 e 2021. E a tendência é de continuar recuando até 2030.

Para a bioeconomia brasileira, a maior concentração de projetos existentes, e o maior potencial, estão na Região Amazônica. Ainda assim, há muito trabalho a serfeito, não apenas em termos de produtividade, mas, novamente, de melhoria da qualidade de vida.Para tanto, educaçãoé,talvez, o caminho mais eficaz e deve abranger desde as crianças, comescolasintegrais ede boa qualidade, até o trabalhador comcursostécnicos, por exemplo.

A ciência será central neste caminho,os últimos desenvolvimentos e tecnologia podem ser combinados como conhecimento e a sabedoria decadalocalduramente conquistados. O próximo governo eleito noBrasil já deu sinais de comprometimento de que a bioeconomia será um dos pilares da política ambiental.

Emrecente entrevista, a ex-ministrado MeioAmbiente e deputada federal eleita MarinaSilva disse que a pasta atuará conjuntamente com outros ministérios, como o da Ciência eTecnologia,havendo“investimento no desenvolvimento sustentável”. Segundo ela,muitocotadaparavoltara comandaroMinistério do MeioAmbiente,abioeconomia pode ser um caminho para “criar nova cadeia de valor para as atividades na região (Amazônica)”.

Fonte: Jornal O Globo

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