Por: Gerson Severo Dantas
O Departamento Nacional de Infraestrutura em Transportes (DNIT) assinou, na tarde desta quarta-feira (4), o contrato com as empresas que vão fazer a dragagem em dois pontos críticos para a navegação no rio Amazonas: foz do rio Madeira e Costa do Tabocal, ambos em Itacoatiara, na Região Metropolitana de Manaus (RMM).
A dragagem dessa região, ao lado da instalação de portos provisórios do Chibatão e do Superteminais, são ações que vão permitir o abastecimento das empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) com insumos vindos da China.
A situação do rio Amazonas na região é, no atual cenário, bem pior do que o registrado na vazante recorde do ano passsado.
De acordo com o responsável pela medição do nível do rio pela Agência Nacional de Águas (ANA), Jerry Nelson, o mês de agosto de 2023 o rio vazou 2m51, na pior vazante, já no agosto de 2024, ele vazou 4m03.
“É um negócio absurdo (a vazante)! Hoje (4) o nível do rio está 5m72 em relação ao nível do mar, 21 centímetros a menos que no dia anterior, quando estava em 5m93”, detalhou Nelson.
Nos quatro primeiros dias de setembro de 2023, conforme Nelson, o rio Amazonas vazou 65 centímetros, e isso porque no dia 2 para 3 houve uma chuva forte, mas neste ano o rio já vazou 85 centímetros, uma média de 21 centímetros a cada dia.
Programa de dragagem custará R$ 500 milhões no Amazonas
É com esse ritmo forte de vazantes que as empresas vão conviver no início dos trabalhos de dragagem, na segunda quinzena de setembro.
Além da foz do rio Madeira e a Costa do Tabocal, o Plano de Dragagem de Manutenção Aquaviária (PADMA) e o Plano de Sinalização Náutica no estado do Amazonas – que vão de Manaus a Itacoatiara no Rio Amazonas, e de Tabatinga a Benjamin Constant e de Benjamin Constant a São Paulo de Olivença no Rio Solimões – demandarão um investimento de aproximadamente R$ 500 milhões
Conforme o DNIT, o programa é crucial para o transporte aquaviário no Estado e o desenvolvimento econômico da região. O programa total deverá garantir a continuidade desse modal por até cinco anos.
Fonte: Real Time 1