Cinco mulheres estão à frente das Secretarias de Fazenda de capitais brasileiras, administrando um orçamento total de R$ 82,6 bilhões e liderando equipes que somam 2,5 mil servidores.

Apesar de ainda serem minoria nesses cargos, elas consolidaram suas posições com anos de experiência no setor público e qualificação técnica.

Com idades entre 46 e 70 anos, as secretárias de Fazenda de Porto Alegre, Salvador, Florianópolis, Campo Grande e Rio de Janeiro possuem trajetórias distintas, mas compartilham o desafio de gerir os cofres municipais em meio às demandas fiscais e econômicas de suas cidades.

Dessas, quatro já ocupavam o cargo na gestão anterior, sendo reconduzidas para o novo mandato.

Destaques entre as gestoras

A mais experiente do grupo é Ana Maria Pellini, de 70 anos, secretária da Fazenda de Porto Alegre.

Com um extenso histórico no serviço público, Pellini foi a primeira mulher a ocupar diversos cargos estratégicos, incluindo a diretoria-geral do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.

Em Salvador, Giovanna Victer, de 49 anos, com formação em ciência política pela Universidade de Brasília, acumulou experiência na esfera federal e estadual.

Antes de assumir a pasta na capital baiana, ocupou cargos na Secretaria-Geral da Presidência da República e foi secretária de Fazenda no governo do Rio de Janeiro.

Já em Florianópolis, Michele Roncalio, de 46 anos, é a mais jovem entre as gestoras e lidera a Secretaria da Fazenda da cidade desde março de 2023.

Auditora fiscal de carreira, Roncalio também atuou no governo de Santa Catarina antes de assumir o cargo municipal.

Em Campo Grande, Márcia Helena Hokama, de 56 anos, tem sob sua responsabilidade um orçamento de R$ 6,8 bilhões e coordena uma equipe de 450 servidores na Secretaria da Fazenda.

Sua atuação se destaca pela experiência na gestão pública e pelo conhecimento na área fiscal.

Por fim, no Rio de Janeiro, Andrea Senko, também de 56 anos, administra um dos maiores orçamentos municipais do país, de R$ 47 bilhões.

Com uma equipe de 900 servidores sob sua liderança, Senko tem uma trajetória consolidada no setor público e se tornou referência na administração financeira da cidade.

Competência técnica e desafios

As secretárias ressaltam que a presença feminina em cargos de alto escalão na gestão financeira não decorre de políticas afirmativas, mas sim da qualificação técnica exigida para a função.

Com a crescente regulação das finanças públicas por órgãos como a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e os tribunais de contas, o perfil técnico se tornou um requisito essencial, o que tem colocado homens e mulheres em condições mais equitativas para disputar essas posições.

Apesar da maior presença feminina, as mulheres ainda são minoria entre os secretários de Fazenda das 26 capitais brasileiras.

No entanto, a ocupação desses cargos estratégicos por mulheres reforça um movimento de ampliação da representatividade feminina na administração pública e na condução das finanças municipais.

Fonte: Real Time 1

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