O executivo enfatizou que o desenvolvimento da Amazônia depende da valorização de talentos locais.

Nesta segunda-feira (25/3), durante participação no Fórum de ESG Amazônia, Denis Minev, CEO da Bemol, ressaltou a importância de abordar o tema não apenas como filantropia, mas como estratégia de negócio que gera impacto positivo na sociedade e na própria empresa.

No nosso ponto de vista, ESG não necessariamente tem a ver com filantropia. É como você aborda o seu negócio de uma forma que passe a ter um impacto social, econômico e ambiental maior, positivo na sociedade, de forma a beneficiá-la, mas também beneficiando o seu negócio. Se não for um benefício próprio ao negócio, a gente considera filantropia“, afirmou o CEO.

O executivo enfatizou que o desenvolvimento da Amazônia depende da valorização de talentos locais, destacando a importância de investimentos em educação e retenção de talentos na região. Ele citou o exemplo de Itacoatiara, onde a Bemol estabeleceu um centro de desenvolvimento de software, oferecendo bolsas para reduzir a evasão de estudantes e recrutando talentos locais.

Nós entendemos que a Amazônia só prosperará com bons cérebros. Nós temos muitos recursos naturais, mas sem pessoas boas, sem pessoas produtivas. A gente entende que não há nada de errado no DNA amazônico que a gente não possa, tendo as ferramentas certas, ser competitivos com qualquer lugar do mundo“, destacou o empresário.

Diversidade e meio ambiente também são fatores estratégicos

Outro fator destacado por Minev, é a promoção da diversidade, trabalhada em quatro pontos-chave: igualdade de gênero, inclusão indígena, apoio a refugiados e valorização da população com mais de 50 anos no mercado de trabalho.

No âmbito ambiental, Minev revelou que a Bemol realiza um inventário anual de crédito de carbono e está envolvida em projetos de reflorestamento de áreas degradadas, visando não apenas a redução da emissão de carbono, mas também o aumento da produtividade e renda das comunidades locais.

“Nosso foco principal é social, de encontrar soluções na Amazônia que nos tragam mais produtividade.” afirmou o CEO.

Além disso, a empresa tem expandido sua infraestrutura de fibra óptica para municípios do interior do Amazonas, contribuindo para a transformação digital e redução da exclusão digital na região.

Minev destacou a urgência de acelerar a transformação na região amazônica, ressaltando que apenas uma pequena fração das terras da Amazônia é bem utilizada, mas que isso pode mudar se houver investimentos adequados, o que, segundo ele, poderia levar à uma sociedade mais próspera.

A Amazônia brasileira tem cerca de 500 milhões de hectares, dos quais 90 milhões foram desmatados. Desses 90 milhões, tem 20 milhões bem utilizados, 70 milhões degradados e mau usados. O jogo vira se conseguirmos utilizar bem uma fração“, avaliou Denis, reforçando que essa “transformação se dá em escalas”.

Sobre o Fórum ESG Amazônia

Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), em colaboração com a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), está promovendo o pioneiro “Fórum de ESG Amazônia: Desenvolvimento Sustentável na Indústria”. O evento tem como propósito central impulsionar a adoção de princípios ESG (Ambientais, Sociais e de Governança) nas empresas da região.

Fonte: Real Time 1

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui