Em entrevista ao canal RealTime1 Play, presidente-executivo do Cieam destaca os desafios da indústria amazonense e dá panorama dos avanços nos municípios do Amazonas
O presidente-executivo do Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (Cieam), Lúcio Flávio Oliveira, afirmou, em entrevista ao canal RealTime1 Play, que um dos desafios da indústria incentivada da Zona Franca de Manaus é impulsionar o desenvolvimento nos municípios do interior.
“Há indústria da Zona Franca que investe na produção de biocosméticos e se abastece de matéria-prima do interior, mas ainda há muito o que fazer. Então, nosso desafio é fazer o modelo industrial reverberar no interior do Estado”, afirmou Lúcio Flávio Oliveira
O executivo do Cieam também lembrou que boa parte do orçamento da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) é formado pela contribuição das indústrias da ZFM e que a instituição está presente em todos os municípios, levando educação e ciência que vão ajudar estes municípios a se desenvolverem.
Lúcio Flávio Oliveira lembra, contudo, que o modelo Zona Franca tem limitações geográficas impostas no decreto de criação, o de nº 288/1967, mas que há formas de levar as vantagens do modelo industrial para o resto dos municípios do Estado.
“Veja que existe este projeto da Eneva, em Silves, o Potássio, em Autazes, que é uma briga para sair, mas são projetos que estão em desenvolvimento e movimentando a economia”, defende.
Em outra frente, Lúcio Flávio Oliveira mostra que a instalação de novos portos no Distrito de Novo Remanso, em Itacoatiara, promoveu a geração de emprego, renda e novos negócios para a região como um todo.
“Foram portos para grãos e outros para combustíveis, mas juntos estão mudando aquela região”, diz o executivo do Cieam.
Indústria superou as dificuldades em 2023, diz Lúcio Flávio
O presidente-executivo do Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (Cieam), Lúcio Flávio Oliveira, avaliou que a indústria da ZFM passou no teste das adversidades enfrentadas no período de vazante dos rios da Bacia Amazônica em 2023 e que a experiência será útil para os próximos anos.
Ele lembrou que mesmo tendo de importar, por via aérea, boa parte dos insumos que abasteceu o polo industrial no último trimestre, o faturamento do setor deve fechar em mais de R$ 178 milhões em 2023, um número considerado muito bom em face das dificuldades.
O executivo também destacou que os dois pontos críticos da hidrovia Amazonas/Madeira, que ficou praticamente fechada na vazante de 2023, estão recebendo obras de dragagem feita pelo Departamento Nacional de Infraestrutura em Transportes (DNIT) que evitarão novas interrupções no abastecimento de insumos da indústria amazonense.
Confira a entrevista na íntegra:
Fonte: Real Time 1