Considerado estratégico para superação de desafios logísticos de uma nova vazante, porto de Itacoatiara passará por obras emergenciais

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) informou, nesta sexta-feira (5/4), que realizará, a partir deste mês, obras emergenciais nos portos dos municípios de Itacoatiara, na Região Metropolitana de Manaus, e Canutama, na região do rio Purus.

Considerado estratégico para operações logísticas numa eventual nova seca recorde de rios da Amazônia, como mostrou o RealTime1 ontem (4/4), o porto de Itacoatiara receberá intervenções para a elaboração dos projetos executivo e “as built” de engenharia, ou seja, o registro completo da estrutura finalizada e construída, incluindo todas as alterações realizadas durante o processo de construção.

Além disso, as obras contemplam a execução dos serviços emergenciais para a construção dos apoios da ponte fixa e do berço de apoio do flutuante intermediário do porto.

A ordem de serviço para o início das obras foi assinada nesta sexta-feira (5/4) e prevê um investimento de aproximadamente R$ 29,2 milhões nos dois portos – Itacoatiara e Canutama. O início das obras está sujeito às condições do nível do rio.

Em Itacoatiara, as obras visam especialmente a melhoria do porto antigo, uma ação crucial devido à sua importância estratégica para a cidade e as comunidades vizinhas. O objetivo é restabelecer a segurança física do patrimônio público, bem como garantir o transporte seguro de seus usuários e mercadorias entre os portos novo e antigo do município.

De acordo com o servidor da administração do porto de Itacoatiara, Jerry Nelson, qualquer planejamento logístico para o enfrentamento de efeitos de uma vazante recorde como a do ano passado precisará levar em conta o porto da cidade, que está localizada abaixo da foz dos principais afluentes do rio Amazonas, caso do Madeira, Negro, Purus e Japurá.

Aqui as operações de carga e descarga de navios de grande porte não pararam nem nos piores momentos da seca do ano passado, mesmo que em operações de fundeamento. Com mais equipamentos e melhorias nas instalações, o porto estará apto e pronto para solucionar gargalos logísticos impostos pelos bancos de areia de Novo Remanso e o lajeiro de pedra da Costa do Tabocal“, analisou Jerry Nelson, que trabalha com operações portuárias há 40 anos e atualmente é responsável por fazer a medição da régua fluviométrica da “estação Itacoatiara” pertencente a Agência Nacional de Águas (ANA) e do Serviço Geológico Brasileiro (CPRM).

Conforme o Dnit, em Canutama, município localizado nas margens do rio Purus, as intervenções são igualmente essenciais devido à situação de emergência verificada no porto.

A condição estrutural do berço de apoio do flutuante intermediário e a instabilidade geotécnica do talude frontal, assim como as laterais do retroporto, exigem uma resposta imediata para garantir a segurança física do patrimônio público e a segurança da população local.

Fonte: Real Time 1

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